Rogo a Deus para que esta fase passe. Ainda serei jambrado por algum psicótico anti-piadista.
É, que fase galerinha. Acho que até os astros desalinharem a conspiração contra o meu ser serei alvo de todos. Hoje, por exemplo, fui alvo da fúria de um motorista de ônibus. Na verdade de dois.
Eram 12h e lá estava eu, alegre e feliz indo para o meu estágio na embrapa, aonde pego 2 ônibus e ando 2 Km para chegar no querido prédio aonde se encontra a labuta. Tudo tranquilo. Primeiro fui ao ponto para pegar o primeiro ônibus. Perguntei a uma velhiha:
- Aqui passa o 329?
Ela respondeu:
- Não, mas ali naquele ponto passa.
Respondi:
- Muito obrigado senhorinha, que Deus te acompanhe.
Fui, mas para o meu desespero, ao olhar o itinerário, descobri que não passava. Fiquei meio cabrero mas tudo bem. Nem tudo são flores mesmo. Fui ao ponto certo, depois de 10 min ,super sem medo de perder o ônibus e nem a hora. Quase sem nenhum custo, consegui pegar o ônibus certo.
Cheguei ao ponto do segundo ônibus, após esperar 10 min, um dos possíveis ônibus que eu poderia pegar passou. Fiquei super contente até o motorista ignorar o meu sinal e quase mijar em minha cara. Fiquei super contente! Afinal, motoristas de ônibus são pessoas dóceis, nada amarguradas. E eu não estava indo para o trabalho, estava indo pro subway comer um belo sanduíche de almôndegas com batatas fritas e um cookie como sobremesa.
Entro no estágio as 13h, comecei a ficar aflito pois eram 12:50 e nada do ônibus. Tomei meu remedinho para acalmar: um mercurius solubilis de homeopatia (Sim Dr. Marcos, estou tomando direitinho. Não mamãe, não estou ficando louco). Continuei tranquilo, até que o desespero bateu à minha porta e comecei a chutar a calçada. Uma velhinha começou a me acalmar e a partir daí estravazei a minha raiva fazendo piadas sobre motoristas de ônibus.
Uma das piadas foi infeliz, concordo. Quando o meu ônibus chegou fiz sinal com o pé e, ao entrar no ônibus, o motorista falou, em tom de ameaça (ao qual estou bastante familiarizado):
- Da próxima vez que você der sinal com o pé vou te jantar.
Mentira, ele disse:
- Da próxima vez que você der sinal com o pé vou te dar um beijo de língua.
Engraçado seria, mas também é mentira. Agora cansei de mentir. Vamos aos fatos, ele disse:
- Dá próxima vez que você der sinal com o pé vou te deixar.
Comecei a pensar. Êta galera sem vergonha esses motoristas de ônibus. Fodem nossa vida e quando fazemos piada disso ficam brabinhos. Depois desse devaneio, eu disse:
- Olha, eu fiz uma piada pois o outro motorista me deixou mesmo quando eu fiz o sinal normalmente.
Ele começou a resmungar, rosnar, relinchar e até a arrotar. Nem me lembro o que ele disse, mas um pequeno acesso de raiva me fez dizer em tom brabinho:
- Você é um safado e um baita sem vergonha!
Apelei, mas ele mereceu. Afinal, sou folgado e ele mexeu comigo.
Ele retrucou:
- Não tenho medo de você... blá blá blá.
Juro que não me lembro mesmo, pois a partir dessa frase comecei a achar tudo muito engraçado e meu foco passou a ser a palhaçada. Comecei a fazer o público do ônibus rir.
Eu disse:
- Claro que não tem medo de mim, nem tão feio eu sou.
A galera começou a deixar de ficar aflita frente à confusão e começou a me ver com outros olhos. Não mais como um terrorista, brigão e nervosinho, mas como um fanfarrão.
O motorista disse:
- Blá blá blá (provavelmente a mesma coisa que não parava de dizer, algo sobre eu ainda encontrar a minha e tal.)
Eu disse:
- O que você vai fazer? Me bater com a sua bengala?
A galera começou a rir, meio timidamente. Então soltei a pérola que acho que o motorista não engoliu até agora:
- Vá tomar seu viagra.
Ouvi risadas até do outro lado do ônibus. Fiquei super contente, mas com medo de o motorista parar o ônibus e me deixar no meio da rodovia. Então coloquei meu fone de ouvido e ouvia apenas que ele falava algumas baboseiras. Não me conti e soltei:
- Você tá falando sozinho viu. Quer falar com meu dedo?
Muitas risadas se sucederam a esta frase.
Continuei contente. Afinal sou um fanfarrão piadista. Mas parei de piadas, estava preocupado com descer no ponto certo.
Ao chegar meu ponto soltei a ultima pá de cal:
- Tchau, amor. Beijo, me liga!
Sai com muitas risadas ao fundo. Me senti um grande piadista. Quem sabe ainda não faço um stand up comedy? Bom, só o tempo dirá.
Agradeço a atenção de todos.
É, que fase galerinha. Acho que até os astros desalinharem a conspiração contra o meu ser serei alvo de todos. Hoje, por exemplo, fui alvo da fúria de um motorista de ônibus. Na verdade de dois.
Eram 12h e lá estava eu, alegre e feliz indo para o meu estágio na embrapa, aonde pego 2 ônibus e ando 2 Km para chegar no querido prédio aonde se encontra a labuta. Tudo tranquilo. Primeiro fui ao ponto para pegar o primeiro ônibus. Perguntei a uma velhiha:
- Aqui passa o 329?
Ela respondeu:
- Não, mas ali naquele ponto passa.
Respondi:
- Muito obrigado senhorinha, que Deus te acompanhe.
Fui, mas para o meu desespero, ao olhar o itinerário, descobri que não passava. Fiquei meio cabrero mas tudo bem. Nem tudo são flores mesmo. Fui ao ponto certo, depois de 10 min ,super sem medo de perder o ônibus e nem a hora. Quase sem nenhum custo, consegui pegar o ônibus certo.
Cheguei ao ponto do segundo ônibus, após esperar 10 min, um dos possíveis ônibus que eu poderia pegar passou. Fiquei super contente até o motorista ignorar o meu sinal e quase mijar em minha cara. Fiquei super contente! Afinal, motoristas de ônibus são pessoas dóceis, nada amarguradas. E eu não estava indo para o trabalho, estava indo pro subway comer um belo sanduíche de almôndegas com batatas fritas e um cookie como sobremesa.
Entro no estágio as 13h, comecei a ficar aflito pois eram 12:50 e nada do ônibus. Tomei meu remedinho para acalmar: um mercurius solubilis de homeopatia (Sim Dr. Marcos, estou tomando direitinho. Não mamãe, não estou ficando louco). Continuei tranquilo, até que o desespero bateu à minha porta e comecei a chutar a calçada. Uma velhinha começou a me acalmar e a partir daí estravazei a minha raiva fazendo piadas sobre motoristas de ônibus.
Uma das piadas foi infeliz, concordo. Quando o meu ônibus chegou fiz sinal com o pé e, ao entrar no ônibus, o motorista falou, em tom de ameaça (ao qual estou bastante familiarizado):
- Da próxima vez que você der sinal com o pé vou te jantar.
Mentira, ele disse:
- Da próxima vez que você der sinal com o pé vou te dar um beijo de língua.
Engraçado seria, mas também é mentira. Agora cansei de mentir. Vamos aos fatos, ele disse:
- Dá próxima vez que você der sinal com o pé vou te deixar.
Comecei a pensar. Êta galera sem vergonha esses motoristas de ônibus. Fodem nossa vida e quando fazemos piada disso ficam brabinhos. Depois desse devaneio, eu disse:
- Olha, eu fiz uma piada pois o outro motorista me deixou mesmo quando eu fiz o sinal normalmente.
Ele começou a resmungar, rosnar, relinchar e até a arrotar. Nem me lembro o que ele disse, mas um pequeno acesso de raiva me fez dizer em tom brabinho:
- Você é um safado e um baita sem vergonha!
Apelei, mas ele mereceu. Afinal, sou folgado e ele mexeu comigo.
Ele retrucou:
- Não tenho medo de você... blá blá blá.
Juro que não me lembro mesmo, pois a partir dessa frase comecei a achar tudo muito engraçado e meu foco passou a ser a palhaçada. Comecei a fazer o público do ônibus rir.
Eu disse:
- Claro que não tem medo de mim, nem tão feio eu sou.
A galera começou a deixar de ficar aflita frente à confusão e começou a me ver com outros olhos. Não mais como um terrorista, brigão e nervosinho, mas como um fanfarrão.
O motorista disse:
- Blá blá blá (provavelmente a mesma coisa que não parava de dizer, algo sobre eu ainda encontrar a minha e tal.)
Eu disse:
- O que você vai fazer? Me bater com a sua bengala?
A galera começou a rir, meio timidamente. Então soltei a pérola que acho que o motorista não engoliu até agora:
- Vá tomar seu viagra.
Ouvi risadas até do outro lado do ônibus. Fiquei super contente, mas com medo de o motorista parar o ônibus e me deixar no meio da rodovia. Então coloquei meu fone de ouvido e ouvia apenas que ele falava algumas baboseiras. Não me conti e soltei:
- Você tá falando sozinho viu. Quer falar com meu dedo?
Muitas risadas se sucederam a esta frase.
Continuei contente. Afinal sou um fanfarrão piadista. Mas parei de piadas, estava preocupado com descer no ponto certo.
Ao chegar meu ponto soltei a ultima pá de cal:
- Tchau, amor. Beijo, me liga!
Sai com muitas risadas ao fundo. Me senti um grande piadista. Quem sabe ainda não faço um stand up comedy? Bom, só o tempo dirá.
Agradeço a atenção de todos.
Melhor post até agora!
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